O governo brasileiro, por meio do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, propôs a abertura de negociações com os Estados Unidos após a decisão do governo americano de reimpor tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. A medida, anunciada recentemente, pode afetar diretamente a indústria siderúrgica brasileira, uma das principais fornecedoras do mercado norte-americano.

Para minimizar os impactos da decisão, Alckmin sugeriu a adoção de um sistema de cotas que permitiria ao Brasil exportar uma quantidade determinada de aço sem a incidência da tarifa adicional. O modelo já foi adotado em 2018, quando os EUA impuseram tarifas similares e concederam exceções para alguns países, incluindo o Brasil, permitindo exportações dentro de limites previamente estabelecidos.

O Brasil mantém um histórico de superávit comercial com os Estados Unidos desde 2008, com um saldo positivo de US$ 253 milhões em 2024. Alckmin destacou que essa relação comercial equilibrada demonstra que o país não contribui para o déficit comercial americano e reforçou a importância de uma solução negociada para evitar prejuízos às exportações brasileiras.

O setor siderúrgico nacional segue acompanhando as discussões, enquanto o governo brasileiro busca estratégias diplomáticas para mitigar os efeitos da medida e garantir que a competitividade do aço brasileiro no mercado internacional não seja comprometida.