A cidade do Rio de Janeiro enfrenta uma onda de calor sem precedentes, com temperaturas que atingiram 44°C nos últimos dias. A sensação térmica ultrapassou os 60°C em algumas regiões, principalmente devido à combinação de calor intenso e alta umidade. Esse cenário tem levado a população a buscar formas de aliviar o calor, como frequentar praias, parques e locais climatizados, enquanto autoridades reforçam os alertas sobre os riscos à saúde.
A Prefeitura do Rio declarou nível máximo de alerta, recomendando que os moradores evitem exposição prolongada ao sol e mantenham-se hidratados. Para ajudar a população, foram instalados pontos de distribuição de água potável em diversas regiões, com foco especial em idosos, crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade. Além disso, eventos ao ar livre, incluindo ensaios de escolas de samba e atividades esportivas, foram adiados ou cancelados para evitar complicações de saúde causadas pelo calor extremo.
Meteorologistas explicam que essa onda de calor está diretamente ligada ao fenômeno El Niño, que tem provocado temperaturas elevadas em várias partes do Brasil. Além disso, as mudanças climáticas globais agravam o quadro, tornando esses eventos cada vez mais frequentes e intensos. No ambiente urbano, as chamadas "ilhas de calor" contribuem para o problema: regiões com grande concentração de concreto e asfalto absorvem mais calor durante o dia e dificultam o resfriamento à noite, mantendo as temperaturas elevadas.
Os serviços de emergência já registram um aumento significativo nos atendimentos por desidratação, insolação e pressão arterial alterada. Especialistas alertam que pessoas com problemas cardiovasculares devem redobrar os cuidados, evitando esforço físico excessivo e procurando locais frescos sempre que possível. Além disso, recomenda-se o uso de roupas leves, protetor solar e a ingestão frequente de líquidos para minimizar os riscos de complicações de saúde.
A previsão para os próximos dias não traz alívio imediato. As temperaturas devem continuar acima da média para esta época do ano, e não há expectativa de chuvas significativas que possam amenizar o calor. Diante desse cenário, autoridades seguem monitorando a situação e reforçam a importância da prevenção para evitar problemas de saúde e outros impactos dessa onda de calor recorde.