O desembolso de crédito a produtores rurais do Brasil no âmbito do Plano Safra 2020/21 atingiu 233,9 bilhões de reais no período de julho de 2020 a maio deste ano, alta de 19% em relação a igual momento da temporada anterior, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta quarta-feira (02).
A pasta, que vê a cifra como um sinal do "bom momento" da agricultura brasileira, disse ainda que os valores programados para o crédito rural no ano deverão ser superados, diante da reabertura de linhas de programas ainda não contratados.
A efetivação dessas contratações ocorrerá assim que a Secretaria do Tesouro Nacional autorizar a reabertura das linhas -- o que, por sua vez, depende da sanção de projeto de lei aprovado pelo Senado na terça-feira, que readequou quase 20 bilhões de reais ao Orçamento e também abriu caminho para a edição do próximo Plano Safra.
O governo federal havia destinado inicialmente um recorde de 236,3 bilhões de reais em recursos para o Plano Safra 2020/21, alta de 6,1% na comparação anual.
De acordo com a pasta, todas as finalidades tiveram uma elevação no valor das contratações de crédito em 2020/21 ante 2019/20, com destaque para uma alta de 47% no segmento de investimentos, que somou 65,9 bilhões de reais.
O custeio teve 117,1 bilhões de reais em contratações, aumento de 21% na comparação anual, enquanto a industrialização avançou 11%, para 11,4 bilhões de reais, e a comercialização apurou alta de 5%, a 21,8 bilhões de reais, acrescentou o ministério.
O montante total divulgado pelo governo federal ainda conta com 17,7 bilhões de reais provenientes das contratações com Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
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