A Câmara Municipal de Chapadão do Sul cassou o mandato da vereadora Katiusce Martins Nogueira (MDB), durante sessão de julgamento na terça-feira (29). Processo disciplinar foi aberto em 2021 porque a parlamentar teria recebido salário do município, onde desempenha cargo de psicóloga, enquanto viajava a Brasília pela Casa de Leis daquele município, entre 22 e 26 de fevereiro.
Segundo relatório da Comissão de Ética e Decoro, a vereadora, mesmo tomando conhecimento, também não devolveu o dinheiro recebido indevidamente. Outros pontos são os horários incompatíveis do cargo público no Executivo e o mandato no Legislativo, que resultaram em reuniões como parlamentar em dias úteis e durante o expediente na prefeitura.
Durante a sessão de julgamento, o advogado de Katiusce disse que os parlamentares citam artigo do regimento interno, teoricamente desrespeitado, sobre recebimento de qualquer título em proveito próprio, durante o exercício parlamentar.
"O que ela roubou como vereadora, que propina? É em cima disso que ela está sendo julgada. A questão de horário incompatível ficou para escanteio". Continua dizendo que os vereadores 'meteram o bedelho' onde não deveriam, uma vez que, se houve desrespeito, seria de horário da Prefeitura de Chapadão do Sul, portanto, instituição que deveria intervir.
Dos 9 vereadores, 6 foram favoráveis à cassação, enquanto três rejeitaram. A votação foi de forma secreta, com cédulas inseridas em urnas. O decreto legislativo de cassação de mandato deve ser publicado nesta quarta-feira.