A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou uma desaceleração e fechou o mês de setembro com alta de 0,18%, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o menor índice mensal desde maio, quando a inflação foi de 0,23%.
A desaceleração veio após um aumento de 0,25% em agosto, e foi impulsionada principalmente pela queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos, setores que costumam ter forte impacto no orçamento das famílias brasileiras.
O acumulado de inflação em 2024 está em 4,38%, enquanto o índice dos últimos 12 meses atingiu 5,01%. O Banco Central mantém sua meta anual de inflação em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Entre os itens que mais contribuíram para a desaceleração estão a gasolina, que teve queda de 2,5%, e o tomate, que caiu 12,4%. Por outro lado, os serviços de saúde e educação apresentaram elevação de preços, mas não foram suficientes para impactar fortemente o índice geral.
Economistas veem o resultado com otimismo moderado, ressaltando que, apesar da desaceleração, ainda há desafios no controle da inflação até o fim do ano, principalmente devido à volatilidade no mercado internacional de commodities e os impactos climáticos na agricultura.
O resultado do IPCA de setembro é um dado importante que pode influenciar a próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente em 12,25% ao ano.