Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma série de desafios ambientais significativos, incluindo incêndios florestais devastadores e uma seca severa que afeta grande parte do país. Em setembro de 2024, o país registrou os piores incêndios em 14 anos, com mais de 22.000 focos apenas no primeiro semestre, o número mais alto desde 2005. Esses incêndios resultaram em uma cobertura de fumaça que afetou 60% do território nacional, incluindo grandes centros urbanos como São Paulo.
A seca atual é considerada a mais grave em sete décadas, exacerbando a vulnerabilidade das regiões afetadas e contribuindo para a propagação dos incêndios. Especialistas apontam que as mudanças climáticas têm intensificado esses eventos extremos, tornando-os mais frequentes e severos. O climatologista Carlos Nobre expressou preocupação com a aceleração do aquecimento global, observando que temperaturas elevadas previstas para 2028 já estão sendo registradas.
Além disso, o governo do Pará decretou estado de emergência ambiental devido à seca e às queimadas, permitindo a mobilização de recursos estaduais e a convocação de voluntários para enfrentar os desastres. Esse decreto visa facilitar ações de combate às queimadas e à restauração da normalidade com recursos locais e federais.
Esses eventos destacam a necessidade urgente de políticas ambientais mais eficazes e de uma preparação adequada para enfrentar desastres naturais. A comunidade científica e ambientalista enfatiza a importância de estratégias de prevenção e controle de incêndios, bem como de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas no país.