Tráfico de drogas

FAB Intercepta e Abate Avião Suspeito de Tráfico de Drogas na Amazônia

Tráfico de Droga

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, no último dia 11 de fevereiro de 2025, a interceptação e posterior abatimento de uma aeronave suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas na região amazônica. O avião, de origem venezuelana, entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização e ignorou diversas ordens de pouso emitidas pelas autoridades militares. Após tentativas de comunicação sem sucesso, a FAB seguiu o protocolo de defesa e neutralizou a aeronave, que caiu em uma área de floresta próxima a Manaus.

Equipes da Polícia Federal e do Exército foram acionadas para a região e confirmaram que a aeronave transportava uma grande quantidade de entorpecentes. O incidente reforça os desafios enfrentados pelo Brasil no combate ao tráfico de drogas, especialmente na Amazônia, onde as fronteiras extensas e de difícil fiscalização facilitam a atuação de organizações criminosas.

A operação faz parte de um esforço conjunto das forças de segurança para intensificar o monitoramento da fronteira com a Venezuela, um dos principais pontos de entrada de drogas e armas no país. Nos últimos anos, o crime organizado tem se expandido na região, com grupos como o Tren de Aragua operando não apenas no tráfico de drogas, mas também em crimes como extorsão, contrabando e mineração ilegal.

De acordo com o Comando da Aeronáutica, o protocolo seguido na interceptação respeitou todas as diretrizes internacionais. O procedimento incluiu tentativas de comunicação via rádio, ordens visuais para mudança de rota e, por fim, disparos de advertência. Somente após a persistente recusa do piloto em obedecer, a aeronave foi classificada como uma ameaça e abatida.

Este tipo de ação, embora rara, já ocorreu em outras ocasiões no Brasil, principalmente em rotas utilizadas pelo narcotráfico. Em 2015, uma aeronave paraguaia foi alvo de disparos após desobedecer ordens de pouso, conseguindo aterrissar com danos. No caso recente, as autoridades reforçam que o objetivo não é apenas combater o tráfico aéreo, mas também desmantelar redes criminosas que utilizam a Amazônia como corredor para atividades ilícitas.

A FAB e a Polícia Federal seguem investigando o caso para identificar possíveis conexões da aeronave abatida com grupos criminosos atuantes no Brasil. A intensificação da vigilância aérea e o uso de novas tecnologias de monitoramento são algumas das estratégias que o governo brasileiro pretende adotar para reduzir a influência do narcotráfico na região.