O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de realocação orçamentária no valor de R$ 40 bilhões para o exercício de 2025. A medida visa ajustar despesas e investimentos em áreas prioritárias, refletindo as diretrizes econômicas da administração atual.
Entre as principais alterações, destaca-se o aumento de R$ 8,3 bilhões destinados ao pagamento de pensões, atendendo ao crescimento das demandas previdenciárias. Por outro lado, o programa Bolsa Família, principal iniciativa de transferência de renda do país, sofrerá uma redução de R$ 7,7 bilhões em seu orçamento. Essa decisão tem gerado debates sobre o impacto nas famílias de baixa renda que dependem desse benefício.
Adicionalmente, serão alocados R$ 3 bilhões para subsidiar o gás de cozinha, visando mitigar os efeitos da inflação sobre os preços dos combustíveis domésticos e garantir o acesso das famílias de baixa renda a esse insumo essencial.
Por outro lado, o programa "Pé de Meia", uma das principais iniciativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para incentivar a poupança entre estudantes de baixa renda, não receberá recursos adicionais nesta proposta de realocação. O Tribunal de Contas da União concedeu ao governo um prazo de 120 dias para incluir o programa no orçamento, ressaltando a importância de sua implementação.
Essas mudanças orçamentárias fazem parte dos esforços do governo para alcançar um orçamento primário equilibrado em 2025, permitindo um déficit máximo de até R$ 30,9 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a necessidade de ajustes fiscais responsáveis para garantir a sustentabilidade econômica do país.
A proposta de realocação será analisada pelo Congresso Nacional nas próximas semanas. Parlamentares de diferentes espectros políticos já manifestaram posições divergentes sobre as alterações, especialmente no que tange aos cortes no Bolsa Família e à alocação de recursos para subsídios. O debate promete ser intenso, refletindo as prioridades e desafios econômicos do Brasil em 2025.