Chamas atingem patamares assustadores e forçam Bombeiros a trabalharem mais - Crédito: Corpo de Bombeiros de MS
O período de estiagem com a influência do intenso calor que acontece em Mato Grosso do Sul tem provocado cenários devastadores nas últimas semanas. Prova disso é a grande quantidade de incêndios florestais que são registrados pelo Corpo de Bombeiros, que estão atuando em várias frentes, principalmente na região do Pantanal.
O trabalho tem sido redobrado na região do Carandazal, Pantanal do Nabileque, entre a cidade de Corumbá e Porto Murtinho, incêndios que duram há vários dias e contam com a ajuda de diversos militares, aeronaves e de pessoas de propriedades rurais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 'é a situação mais crítica atualmente da presença do fogo em Mato Grosso do Sul, devido às altas temperaturas e baixa umidade do ar, com a vegetação muito seca facilitando a propagação dos incêndios'.
O fogo no Carandazal atinge uma ampla área florestal de espécie nativa do Pantanal e duas bases operacionais estão funcionando com a responsabilidade da tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira Inoue, no comando da Operação Hefesto.
“Hoje a situação mais crítica permanece na região do Caradanzal. Os focos estavam praticamente controlados e em monitoramento, após combates em mais de duas semanas, porém as mudanças climáticas são constantes, o vento mudou de direção e o fogo voltou a se propagar e a área destruída já é vem representativa. Reforçamos as equipes e contamos com o apoio aéreo”, informou a Tenente-Coronel Tatiane.
No domingo (22), cinco operações de combate às chamas foram realizadas e algumas delas estiveram fora do bioma pantaneiro, como em Bela Vista, Água Clara e na RPPN Cisalpina (de responsabilidade da CESP), situada em Brasilândia. No Paraguai-Mirim, ao Norte de Corumbá, um grande incêndio foi controlado e uma equipe de bombeiros permanece na área fazendo trabalho de rescaldo e monitoramento. O Exército apoia o combate em Bela Vista.
Em Bela Vista, na fronteira com o Paraguai, os bombeiros combatem incêndios nas regiões do Lixão, Fazenda Rancherinha, Estrada Boiadeira, Aeroporto, Trevo da Cerâmica e Aldeia Pirakuá, com emprego de 20 militares.
Em Porto Murtinho, a situação também é preocupante com o avanço do fogo nas propriedades rurais e nas margens das estradas e do Rio Paraguai. Oito equipes de bombeiros estão em ação nas fazendas Lucero Porã, Cristina, Quebracho Brasil, Itamoroty, Toro Peru, Santa Cecília e Santo Antônio, além da margem da BR-267.
A Prefeitura de Porto Murtinho decretou situação de emergência, em razão das queimadas florestais, que já estariam ‘’sem controle’’.
Conforme o documento, o fogo já chegou ou ameaça áreas florestais de características diversas, sendo algumas delas reservas legais e permanentes.
‘’...há indicadores de que já se instalou desastre gradual, podendo ser necessário o aumento das respostas urgentes pelo Poder Público para a contenção do aumento das queimadas, e posteriormente, o reestabelecimento de serviços públicos essenciais à população’’, diz o trecho do decreto 12.748.