O Banco Central do Brasil revelou que o uso de criptoativos no país atingiu um novo patamar em 2025, com as stablecoins representando cerca de 90% das transações do setor. O anúncio foi feito pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, que destacou o impacto crescente dessas moedas digitais na economia brasileira.

Segundo Galípolo, a principal razão para o avanço das stablecoins é a sua utilização em pagamentos, especialmente em compras internacionais. Como essas criptomoedas estão atreladas a moedas fiduciárias como o dólar, oferecem mais estabilidade e confiança aos usuários, tornando-se uma alternativa cada vez mais popular.

Desafios e Regulação

Apesar do crescimento expressivo, a alta adoção das stablecoins traz desafios para o Banco Central, principalmente no controle da tributação e na prevenção de crimes financeiros. O uso dessas criptomoedas pode dificultar a fiscalização de transações internacionais, aumentando riscos de evasão fiscal e lavagem de dinheiro.

Diante desse cenário, o Banco Central já estuda medidas regulatórias para equilibrar inovação e segurança. Uma das possibilidades em análise é a integração do sistema de pagamentos instantâneos Pix a redes internacionais, facilitando transações legítimas sem comprometer a rastreabilidade financeira.

Perspectivas para o Mercado Cripto no Brasil

A crescente adoção das stablecoins reforça a necessidade de um marco regulatório mais claro para os criptoativos no Brasil. O governo e o Banco Central devem intensificar os debates sobre regulamentação ao longo de 2025, com a expectativa de que novas diretrizes sejam anunciadas ainda este ano.

Com um mercado de criptomoedas cada vez mais consolidado, especialistas acreditam que o Brasil tem potencial para se tornar um dos líderes na adoção de ativos digitais na América Latina. Entretanto, o desafio será garantir um ambiente seguro e transparente para investidores e consumidores.