De Paula citou Enelvo Felini e Roberto Hashioka como potenciais candidatos a prefeito em 2020. (Foto: Kísie Ainoã)
Com algumas cidades já tendo pré-candidatos à disposição –inclusive dentro da administração estadual– e a disposição de prestigiar aliados na reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o PSDB prepara mais cinco encontros regionais a fim de preparar a militância para as eleições municipais do ano que vem. A intenção com a próxima disputa, também, é preparar o cenário para 2022, quando o partido terá como desafio a sucessão do atual governador.
As propostas foram discutidas na noite desta segunda-feira (29), durante reunião da Executiva estadual tucana, em Campo Grande. Presidente regional do partido, Sergio de Paula informou que o próximo encontro deve ocorrer pelo sudoeste do Estado entre os meses de agosto e setembro, nos moldes da reunião que, há cerca de uma semana, ocorreu em Campo Grande –com lideranças tucanas apresentando experiências de campanha e gestão e abordagens sobre o trabalho junto ao eleitorado. O município e a data exata ainda serão definidos.
A cúpula tucana sinaliza que deseja chegar a cada região, com possíveis pré-candidatos. Presente ao encontro desta noite, o deputado estadual Onevan de Matos foi provocado a concorrer em Naviraí. Outros integrantes da direção estadual também foram citados como possíveis concorrentes, como o prefeito de Jateí, Eraldo Leite (que deve disputar a reeleição); e o atual diretor-presidente da Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), Enelvo Felini, lembrado para disputar o Executivo de Sidrolândia. Em Ponta Porã, Hélio Peluffo também deve buscar um novo mandato com aval do PSDB.
De Paula ainda confirmou que o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka, colocou-se à disposição para disputar a Prefeitura de Nova Andradina –município por ele administrado em três ocasiões. “É um bom gestor e que avaliamos que teria grandes chances', reconheceu o presidente regional.
Janela partidária – O dirigente do PSDB também citou o nome do atual secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, como pré-candidato a prefeito de Dourados. No entanto, colocou as decisões sobre a segunda maior cidade do Estado e a Capital, Campo Grande, para os meses de março de abril de 2020, “mais perto da janela partidária' –prazo aberto pela legislação eleitoral para filiações sem risco de perda de mandatos eletivos.
Além disso, Sergio de Paula pontuou que aliados à reeleição de Reinaldo Azambuja ao governo no ano passado deverão ser respeitado. “Eles estenderam a mão à reeleição ao governo e disso (entendimento conjunto em torno de candidaturas) não abrimos mão'. Segundo ele, esse debate já começa a ser encaminhado.
Na Capital, ele ressaltou já haver uma manifestação de Reinaldo favorável à reeleição do prefeito Marquinhos Trad (PSD). “O governador já fez uma fala nesse sentido, não é segredo para ninguém', pontuou. Tal fato, salientou, será pesado no período de definição de candidaturas –mesmo diante da disposição de alguns nomes da legenda em disputar o Executivo da Capital.
Em Três Lagoas, Ângelo Guerreiro também deve contar com o PSDB no palanque, caso deseje um novo mandato. De Paula antecipou, ainda, não haver resistência para um alinhamento também com o MDB na cidade, representado pelo deputado estadual Eduardo Rocha, “que esteve conosco nos dois turnos da eleição do ano passado'.
Da mesma forma, de Paula citou que em Corumbá –onde o prefeito Marcelo Iunes e a deputada federal Bia Cavassa são tidos como possíveis candidatos– a definição será conduzida pelo diretório. Tanto o desempenho em pesquisas como a capacidade de articulação em torno de alianças influenciarão o cenário, afirmou o presidente regional, reforçando a disposição em prestigiar partidos do arco de alianças de 2018.
A meta do PSDB para 2020, prosseguiu o presidente regional, será “manter o que temos ou aumentar um pouco'. Hoje, são 42 prefeitos tucanos no Estado, que também lidera em número de vices-prefeituras e de vereadores, segundo de Paula. A intenção, complementou ele, é deixar o partido e o arco de alianças preparados para 2022, “quando Reinaldo encerrará o segundo mandato'.